Crematório
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Se desejar, você pode depositar as cinzas em um jazigo no Jardim da Paz e proporcionar um local físico onde amigos e familiares podem visitar e prestar homenagens.
Informe-se a seguir sobre as condições de cremação, aplicáveis em todo Brasil.
Aspectos gerais:
Em atendimento a lei federal 6.015/73, só é permitida a cremação se atestado a causa da morte por dois médicos ou por um médico legista. Esta demanda é necessária para assegurar a causa da morte, devido a impossibilidade de procedimentos como a exumação. É necessário também declaração por escrito de vontade em vida, ou na ausência deste, autorização firmada parente de primeiro grau, com reconhecimento de assinatura em cartório e duas testemunhas.
Em caso de morte violenta, é necessário ainda, autorização judicial e do delegado de policia firmando que não há oposição a cremação.
Embora em um primeiro momento a cremação possa ser vista como uma alternativa mais acessível em comparação aquisição de um jazigo, no longo prazo, a aquisição de um jazigo constitui em um bem patrimonial para a família, local de referência e memória.
A cessão de uso de jazigos no Jardim da Paz é perpétua*, ou seja, para sempre*, e respeitado os prazos contratuais e legais, pode ser realizado mais de um sepultamento em um mesmo jazigo.
Por fim, o cessionário e seus familiares podem sempre que desejarem, visitar o jazigo de seu ente querido, manifestando assim, a saudade, respeito e carinho por aqueles ali sepultados.
* Atendido as condições contratuais e a legislação em vigor.
Aspectos religiosos:
Importante: As informações contidas nesta página são de caráter meramente informativo. Somos uma instituição ecumênica que atende sem distinção a toda a sociedade. As informações a seguir foram extraídas de literatura pública estando sujeita a correções e imprecisões.
O entendimento predominante dos cristãos é que, embora não haja a proibição explicita pela cremação, a recomendação é pelo sepultamento de seus entes. A Igreja Católica, em especial, publicou instrução sobre o assunto. Clique aqui para visualizar.
Para os evangélicos e protestantes também não há vedação a prática, algumas denominações religiosas tradicionais seguidoras do Velho Testamento orientam a prática do sepultamento alinhados com os preceitos da história e da liturgia.
Para os espíritas, de acordo com a publicação Lições de Sabedoria, a orientação é que aguarde cerca de setenta e duas horas até o processo de cremação, para permitir o processo de desencarnação do espírito.
Já nas religiões Hinduísta, Budista dentre outras, a prática da cremação é comum.
Instrução Ad resurgendum cum Christo
Propósito da sepultura dos defuntos e da conservação das cinzas da cremação
1. Para ressuscitar com Cristo, é necessário morrer com Cristo, isto é, “exilarmo-nos do corpo para irmos habitar junto do Senhor” (2 Cor 5, 8). Com a Instrução Piam et constantem, de 5 de Julho de 1963, o então chamado Santo Ofício, estabeleceu que “seja fielmente conservado o costume de enterrar os cadáveres dos fiéis”, acrescentando, ainda, que a cremação não é “em si mesma contrária à religião cristã”. Mais ainda, afirmava que não devem ser negados os sacramentos e as exéquias àqueles que pediram para ser cremados, na condição de que tal escolha não seja querida “como a negação dos dogmas cristãos, ou num espírito sectário, ou ainda, por ódio contra a religião católica e à Igreja”.1 Esta mudança da disciplina eclesiástica foi consignada no Código de Direito Canónico (1983) e no Código dos Cânones da Igreja Oriental (1990).
Entretanto, a prática da cremação difundiu-se bastante em muitas Nações e, ao mesmo tempo, difundem-se, também, novas ideias contrastantes com a fé da Igreja. Depois de a seu tempo se ter ouvido a Congregação para o Culto Divino e Disciplina dos Sacramentos, o Pontifício Conselho para os Textos Legislativos e numerosas Conferências Episcopais e Sinodais dos bispos das Igrejas Orientais, a Congregação para a Doutrina da Fé considerou oportuno publicar uma nova Instrução, a fim de repôr as razões doutrinais e pastorais da preferência a dar à sepultura dos corpos e, ao mesmo tempo, dar normas sobre o que diz respeito à conservação das cinzas no caso da cremação.
2. A ressurreição de Jesus é a verdade culminante da fé cristã, anunciada come parte fundamental do Mistério pascal desde as origens do cristianismo: “Transmiti-vos em primeiro lugar o que eu mesmo recebi: Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras; foi sepultado e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras, e apareceu a Pedro e depois aos Doze” (1 Cor 15, 3-5).
Pela sua morte e ressurreição, Cristo libertou-nos do pecado e deu-nos uma vida nova: “como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, também nós vivemos uma vida nova” (Rom 6, 4). Por outro lado, Cristo ressuscitado é princípio e fonte da nossa ressurreição futura: “Cristo ressuscitou dos mortos, como primícias dos que morreram….; do mesmo modo que em Adão todos morreram, assim também em Cristo todos serão restituídos à vida” (1 Cor 15, 20-22).
Se é verdade que Cristo nos ressuscitará “no último dia”, é também verdade que, de certa forma já ressuscitámos com Cristo. De facto, pelo Baptismo, estamos imersos na morte e ressurreição de Cristo e sacramentalmente assimilados a Ele: “Sepultados com Ele no baptismo, também com Ele fostes ressuscitados pela fé que tivestes no poder de Deus, que O ressuscitou dos mortos” (Col 2, 12). Unidos a Cristo pelo Baptismo, participamos já, realmente, na vida de Cristo ressuscitado (cf. Ef 2, 6).
Graças a Cristo, a morte cristã tem um significado positivo. A liturgia da Igreja reza: “Para os que crêem em vós, Senhor, a vida não acaba, apenas se transforma; e, desfeita a morada deste exílio terrestre, adquirimos no céu uma habitação eterna”.2 Na morte, o espírito separa-se do corpo, mas na ressurreição Deus torna a dar vida incorruptível ao nosso corpo transformado, reunindo-o, de novo, ao nosso espirito. Também nos nossos dias a Igreja é chamada a anunciar a fé na ressurreição: “A ressurreição dos mortos é a fé dos cristãos: acreditando nisso somos o que professamos”.3
3. Seguindo a antiga tradição cristã, a Igreja recomenda insistentemente que os corpos dos defuntos sejam sepultados no cemitério ou num lugar sagrado.4
Ao lembrar a morte, sepultura e ressurreição do Senhor, mistério à luz do qual se manifesta o sentido cristão da morte,5 a inumação é, antes de mais, a forma mais idónea para exprimir a fé e a esperança na ressurreição corporal.6
A Igreja, que como Mãe acompanhou o cristão durante a sua peregrinação terrena, oferece ao Pai, em Cristo, o filho da sua graça e entrega à terra os restos mortais na esperança de que ressuscitará para a glória.7
Enterrando os corpos dos fiéis defuntos, a Igreja confirma a fé na ressurreição da carne,8 e deseja colocar em relevo a grande dignidade do corpo humano como parte integrante da pessoa da qual o corpo condivide a história.9 Não pode, por isso, permitir comportamentos e ritos que envolvam concepções erróneas sobre a morte: seja o aniquilamento definitivo da pessoa; seja o momento da sua fusão com a Mãe natureza ou com o universo; seja como uma etapa no processo da reincarnação; seja ainda, como a libertação definitiva da “prisão” do corpo.
Por outro lado, a sepultura nos cemitérios ou noutros lugares sagrados responde adequadamente à piedade e ao respeito devido aos corpos dos fiéis defuntos, que, mediante o Baptismo, se tornaram templo do Espirito Santo e dos quais, “como instrumentos e vasos, se serviu santamente o Espirito Santo para realizar tantas boas obras”.10
O justo Tobias é elogiado pelos méritos alcançados junto de Deus por ter enterrado os mortos,11 e a Igreja considera a sepultura dos mortos como uma obra de misericórdia corporal.12
Ainda mais, a sepultura dos corpos dos fiéis defuntos nos cemitérios ou noutros lugares sagrados favorece a memória e a oração pelos defuntos da parte dos seus familiares e de toda a comunidade cristã, assim como a veneração dos mártires e dos santos.
Mediante a sepultura dos corpos nos cemitérios, nas igrejas ou em lugares específicos para tal, a tradição cristã conservou a comunhão entre os vivos e os mortos e opõe-se à tendência a esconder ou privatizar o acontecimento da morte e o significado que ela tem para os cristãos.
4. Onde por razões de tipo higiénico, económico ou social se escolhe a cremação; escolha que não deve ser contrária à vontade explícita ou razoavelmente presumível do fiel defunto, a Igreja não vê razões doutrinais para impedir tal práxis; uma vez que a cremação do cadáver não toca o espírito e não impede à omnipotência divina de ressuscitar o corpo. Por isso, tal facto, não implica uma razão objectiva que negue a doutrina cristã sobre a imortalidade da alma e da ressurreição dos corpos.13
A Igreja continua a preferir a sepultura dos corpos uma vez que assim se evidencia uma estima maior pelos defuntos; todavia, a cremação não é proibida, “a não ser que tenha sido preferida por razões contrárias à doutrina cristã”.14
Na ausência de motivações contrárias à doutrina cristã, a Igreja, depois da celebração das exéquias, acompanha a escolha da cremação seguindo as respectivas indicações litúrgicas e pastorais, evitando qualquer tipo de escândalo ou de indiferentismo religioso.
5. Quaisquer que sejam as motivações legítimas que levaram à escolha da cremação do cadáver, as cinzas do defunto devem ser conservadas, por norma, num lugar sagrado, isto é, no cemitério ou, se for o caso, numa igreja ou num lugar especialmente dedicado a esse fim determinado pela autoridade eclesiástica.
Desde o início os cristãos desejaram que os seus defuntos fossem objecto de orações e de memória por parte da comunidade cristã. Os seus túmulos tornaram-se lugares de oração, de memória e de reflexão. Os fiéis defuntos fazem parte da Igreja, que crê na comunhão “dos que peregrinam na terra, dos defuntos que estão levando a cabo a sua purificação e dos bem-aventurados do céu: formam todos uma só Igreja”.15
A conservação das cinzas num lugar sagrado pode contribuir para que não se corra o risco de afastar os defuntos da oração e da recordação dos parentes e da comunidade cristã. Por outro lado, deste modo, se evita a possibilidade de esquecimento ou falta de respeito que podem acontecer, sobretudo depois de passar a primeira geração, ou então cair em práticas inconvenientes ou supersticiosas.
6. Pelos motivos mencionados, a conservação das cinzas em casa não é consentida. Em casos de circunstâncias gravosas e excepcionais, dependendo das condições culturais de carácter local, o Ordinário, de acordo com a Conferência Episcopal ou o Sínodo dos Bispos das Igrejas Orientais, poderá autorizar a conservação das cinzas em casa. As cinzas, no entanto, não podem ser dividias entre os vários núcleos familiares e deve ser sempre assegurado o respeito e as adequadas condições de conservação das mesmas
7. Para evitar qualquer tipo de equívoco panteísta, naturalista ou niilista, não seja permitida a dispersão das cinzas no ar, na terra ou na água ou, ainda, em qualquer outro lugar. Exclui-se, ainda a conservação das cinzas cremadas sob a forma de recordação comemorativa em peças de joalharia ou em outros objectos, tendo presente que para tal modo de proceder não podem ser adoptadas razões de ordem higiénica, social ou económica a motivar a escolha da cremação.
8. No caso do defunto ter claramente manifestado o desejo da cremação e a dispersão das mesmas na natureza por razões contrárias à fé cristã, devem ser negadas as exéquias, segundo o direito.16
O Sumo Pontífice Francisco, na Audiência concedida ao abaixo-assinado, Cardeal Prefeito, em 18 de Março de 2016, aprovou a presente Instrução, decidida na Sessão Ordinária desta Congregação em 2 de Março de 2016, e ordenou a sua publicação.
Roma, Congregação para a Doutrina da Fé, 15 de Agosto de 2016, Solenidade da Assunção da Virgem Santa Maria.
Gerhard Card. Müller Prefeito
Luis F. Ladaria, S.I. Arcebispo titular de Thibica Secretário
____________________ 1 AAS 56 (1964), 822-823. 2 Missal Romano, Prefácio dos Defuntos I. 3 Tertuliano, De resurrectione carnis, 1,1: CCL 2, 921. 4 Cf. CDC, can. 1176, § 3; can. 1205; CCIO, can. 876, § 3; can. 868. 5 Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 1681. 6 Cf. CDC, can. 1176, § 3; can. 1205; CCIO, can. 876, § 3; can. 868. 7 Cf. 1 Cor 15,42-44; Catecismo da Igreja Católica, n. 1683. 9 Cf. Santo Agostinho, De cura pro mortuis gerenda, 3, 5: CSEL 41, 628. 8 Cf. Conc. Ecum. Vat. II, Constituição pastoral Gaudium et spes, n. 14. 9 Cf. Santo Agostinho, De cura pro mortuis gerenda, 3, 5: CSEL 41, 627. 10 Cf. Tb 2, 9; 12, 12. 12 Cf. Catecismo da Igreja Católica, n. 2300. 11 Cf. Suprema e Sagrada Congregação do Santo Ofício, Istruçao Piam et constantem, de 5 de Julho de 1963: AAS 56 (1964), 822. 12 CDC, can. 1176, § 3; cf. CCIO, can. 876, § 3. 13 Catecismo da Igreja Católica, n. 962. 14 CDC, can. 1184; CCIO, can. 876, § 3. [01683-PO.01] [Texto original: Português]
Aspectos ambientais:
Algumas empresas, em especial as que oferecem serviços de cremação destacam vantagens ambientais desta modalidade; contudo, para a realização de cremação há substancial consumo de energia, impactos de ordem sonora e atmosférica, que são neutralizadas com a adoção de equipamentos previstos na legislação em vigor. Da mesma forma, os cemitérios parques estão sujeitos a várias medidas previstas em leis federais e municipais que mitigam qualquer impacto decorrente do sepultamento de corpos.
Portanto, adotadas as medidas de prevenção, monitoramento e neutralização, são mitigados eventuais impactos ambientais. No Jardim da Paz, os jazigos são construidos com aditivos impermeabilizantes, estudos hidrogeológicos atestam a excelente qualidade do material do subsolo em relação a sua permeabilidade, bem como a distância segura de lençóis freáticos. Possuímos sistema de drenagem e declividade e poços de monitoramento com acompanhamento periódico das amostras das águas subterrâneas, além de Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.
O Jardim da Paz está comprometido com a sustentabilidade e o meio ambiente, preservando há quase 40 anos, mais de 20 mil metros de área de preservação permanente, composta por Araucárias, Cedros, Pinus, Ipês Amarelos, Aroeiras, Pitangueiras, dentre outras espécies.